Impacto da disbiose intestinal em pacientes com Covid-19

Abstract

Introdução: A microbiota intestinal tem um papel de grande importância no sistema imune, sendo composta por uma comunidade de micro-organismos. Quando ocorre uma disbiose no hospedeiro pode causar a proliferação de micro-organismos maléficos à saúde do hospedeiro. Uma disbiose pode afetar diretamente pacientes com COVID-19, onde uma resposta imune alterada pode agravar o quadro desses pacientes, promovendo inflamações sistêmicas devido a proliferação de micro-organismos. Diante disso, o objetivo deste estudo foi realizar uma revisão da literatura sobre o impacto do desequilíbrio da microbiota intestinal em pacientes com COVID-19. Metodologia: Este estudo trata-se de uma revisão de literatura, utilizando como base a metodologia PRISMA. Foram incluídos na pesquisa artigos originais, artigos de opinião e revisão, publicados entre os anos de 2020 a 2022 em inglês. Foram excluídos da pesquisa artigos que não se relacionavam com o tema da pesquisa e publicações em outros idiomas. A busca na base de dados recuperou 130 publicações. Após os critérios de exclusão foram considerados elegíveis para pesquisa 10 publicações. Resultados e Discussão: Um desequilíbrio da microbiota leva a um estado de disbiose intestinal, afetando o sistema imune do hospedeiro e sua resposta contra infecção viral. Ademais, uma disbiose intestinal pode comprometer macrófagos alveolares e impactar na resposta imune. Dentre os gêneros bacterianos associados a disbiose intestinal podemos citar Actinomyces, Erysipelatoclostridium, Rothia, Streptococcus e Veillonella, os quais podendo explicar as manifestações clínicas do pós-COVID-19. Há relatos de aumento de patógenos oportunistas em pacientes com COVID-19, os quais podem desencadear aumento de citocinas inflamatórias agravando a situação da doença. Conclusão: A microbiota intestinal tem uma diversidade microbiana muito extensa, auxiliando na resposta do sistema imune, bem como sua modulação. Uma disbiose pode promover alterações da resposta imune frente a uma infecção viral, podendo levar bactérias maléficas a atingir a circulação sistêmica e ocasionar inflamações, aumentando a gravidade da COVID-19.