Avaliação tomográfica das dimensões dentárias e periodontais após cirurgia de aumento de coroa clínica estético

Abstract

Este estudo tem como objetivo avaliar os fatores que influenciam a estabilidade da margem gengival (MG) aos doze meses após o aumento de coroa clínica estético (ACCE), por meio de tomografia computadorizada de feixe cônico para tecidos moles (ST-CBCT). Foram comparadas as alterações dimensionais, tanto em altura, como em espessura, do tecido gengival supracrestal (TGS) e do tecido ósseo dos dentes superiores anteriores. 19 pacientes, sexo feminino, com queixa estética, foram submetidas ao ACCE. Foi realizada uma ST-CBCT anteriormente a cirurgia (T0) e após 12 meses (T12). Um avaliador calibrado realizou as mensurações dos parâmetros: tamanho da coroa clínica (CC), tamanho da coroa anatômica (CA), espessura gengival (EG), espessura óssea (EO), distância entre crista óssea e junção cemento-esmalte (CO-JCE) e extensão do TGS (CO-MG). A análise estatística foi realizada com o Teste t de Student para comparação entre T0 e T12. A correlação de Spearman foi utilizada para avaliar as referidas dimensões como variáveis. Houve aumento significativo do tamanho da CC e da distância entre CO-JCE em todos os dentes da amostra (p<0,05). Houve um restabelecimento da dimensão do TGS em todos os dentes (p>0,05), com exceção dos incisivos centrais (IC) (p<0,05). Entretanto, houve o aumento da espessura gengival entre T0 e T12 e redução da espessura do osso alveolar (p<0,05), com exceção dos IC. O procedimento cirúrgico levou ao aumento da coroa clínica e as estruturas revelaram certa estabilidade aos 12 meses. Contudo, o tecido gengival apresentou tendência a se tornar mais espesso, quando comparado à espessura observada no início do tratamento.