Imaginação museal & cinema : possibilidades de uso do audiovisual nos museus

Abstract

O presente trabalho busca analisar como a museologia pode utilizar-se dos recursos audiovisuais e da linguagem cinematográfica para fins expográficos e educativos. Isto é, visto que ambas narrativas tecem semelhanças entre si: de que forma os recursos audiovisuais poderiam ser utilizados em museus explorando ao máximo sua virtualidade e interatividade? Para isto, procurou-se examinar a relação entre linguagem cinematográfica, a partir do conceito de Imaginação Museal do museólogo Mário Chagas, assim como as narrativas propostas pela nova museologia e o advento da interatividade e virtualidade, através dos museus virtuais e mídias sociais. Obviamente, trata-se de linguagens que se apresentam por meios diferentes, contudo, há entre elas pontos de convergência, como a comunicação, o recorte do olhar e a imaginação enquanto possibilidade de um discurso sob uma realidade jamais vivida. O trabalho se embasou a partir de reflexões proporcionadas pela viagem a campo aos museus de Salvador na Bahia, mais especificamente no Museu Casa do Rio Vermelho, onde viveram o casal de escritores Jorge Amado e Zélia Gattai, e o Museu Nacional da Enfermagem. A partir da análise destes museus, busquei investigar de que forma os recursos audiovisuais podem ser aproveitados pela museologia para criar narrativas imersivas e interativas, além de acessíveis e inclusivas tanto econômica quanto socialmente.