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Título: Percepção de risco ocupacional e uso de EPI dos frentistas de postos de combustíveis em Ceilândia, Distrito Federal, Brasil
Autor(es): Oliveira, Thaís Barbosa de
Orientador(es): Andrade, Flávia Reis de
Coorientador(es): Barbosa, Luiza de Marilac Meireles
Assunto: Trabalhador - saúde
Saúde e trabalho
Postos de combustíveis
Riscos ocupacionais
Segurança do trabalho
Data de apresentação: 27-Nov-2018
Data de publicação: 28-Mar-2020
Referência: OLIVEIRA, Thaís Barbosa de. Percepção de risco ocupacional e uso de EPI dos frentistas de postos de combustíveis em Ceilândia, Distrito Federal, Brasil. 2018. 66 f., il. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Saúde Coletiva)—Universidade de Brasília, Brasília, 2018.
Resumo: A percepção dos riscos ocupacionais por parte de trabalhadores é componente estratégico para efetivação das medidas de proteção adotadas no ambiente de trabalho. O objetivo deste estudo foi analisar a percepção de frentistas que atuam na Região Administrativa de Ceilândia, Distrito Federal, a respeito de riscos ocupacionais aos quais estão expostos e uso de Equipamento de Proteção Individual (EPI). Foi realizado um estudo quantitativo, observacional, exploratório e transversal, em 20 postos de combustíveis de Ceilândia, com trabalhadores do turno matutino. Foram utilizados o teste Qui-quadrado e Análise de Correspondência Múltipla (ACM) para a análise de variáveis categóricas. A população estudada foi composta por 76 frentistas, sendo metade do sexo feminino, de cor parda, com idade média de 31 anos, ensino médio completo e tempo médio de trabalho como frentista de aproximadamente cinco anos. A maioria dos frentistas relatou cansaço (78%, n=59), que teve associação com sexo, escolaridade, percepção de gestos repetitivos e apresentação de alterações no organismo (p<0,05). A exposição ao ruído foi relatada por 88% (67) dos frentistas. Em relação à percepção do que ocorre com os combustíveis em contato com o ambiente, as respostas foram heterogêneas. A gasolina comum foi apontada como o combustível mais perigoso para a saúde (64%, n=49). Grande parte dos frentistas (63%, n=48) relata sentir alguma alteração no organismo por trabalhar com combustíveis, sendo a dor de cabeça a mais frequente (67%, n=32). As respostas foram praticamente homogêneas no reconhecimento de atos inseguros que podem trazer danos à saúde, com exceção de ‘‘trabalhar sem protetor auricular’’. Os EPI mais autorreferidos como importantes para a proteção da saúde foram creme protetor, uniforme e botas. Houve associação entre a percepção da frequência do uso de luvas para a proteção da saúde com a variável sexo. A ACM apontou que a percepção da frequência do uso de EPI varia conforme a presença ou não de alterações no organismo. É necessário que o sexo seja levado em consideração tanto na capacitação quanto na gerência de riscos no ambiente de trabalho e que as normativas brasileiras reconheçam o cotidiano dos trabalhadores e os fatores externos que podem influenciar a ocorrência de acidentes no trabalho. Diante desses resultados, percebe-se a necessidade de diálogo e treinamento para os frentistas, com o objetivo de consolidar o conhecimento em torno dos riscos aos quais estão expostos.
Abstract: The perception of occupational hazards by workers is a strategic component for the effectiveness of the protection measures adopted in the work environment. The objective of this study was to analyze the perception of gas station attendants in Ceilândia Administrative Region, Federal District, regarding the occupational hazards to which they are exposed and the use of Personal Protective Equipment (PPE). A quantitative, observational, exploratory and cross-sectional study was carried out at 20 gas stations in Ceilandia, with morning shift workers. The Chi-Square testes and Multiple Correspondence Analysis (MCA) were used for the analysis of categorical variables. The study population consisted of 76 participants, half female, of brown color, with average age of 31 years, complete high school and average time of work approximately five years. Most respondents reported fatigue (78%, n= 59), with association with gender, schooling, perception of repetitive gestures and presentation of changes in the organism (p <0.05). Noise exposure was reported by 88% (67) of gas station attendants. In relation to perception of what happens with the fuels in contact with the environment, the answers were heterogeneous. Ordinary gasoline was rated as the most dangerous fuel for health (64%, n = 49). Most of the gas station attendants (63%, n = 48) reported feeling some alteration in the body from working with fuels, with headache being the most frequent (67%, n = 32). The responses were virtually homogeneous in the recognition of unsafe acts that can cause harm to health, except for '' working without hearing protection''. The most self-reported as important PPE for health protection were protective cream, uniform and boots. There was an association between the perception of the frequency of glove use, for health protection, and the gender variable. The MCA showed that the perception of the frequency of use of PPE varies according to the presence or absence of changes in the organism. It is necessary that gender be considered in both training and risk management in the work environment and that Brazilian regulations recognize the daily life of workers and the external factors that can influence the occurrence of accidents at work. In view of these results, the need for dialogue and training for the gas station attendant is evident, aiming to consolidate knowledge about the risks to which they are exposed.
Informações adicionais: Trabalho de Conclusão de Curso (graduação)—Universidade de Brasília, Faculdade de Ceilândia, 2018.
Aparece na Coleção:Saúde Coletiva - Campus UnB Ceilândia



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