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Título: A invisibilidade da saúde do homem na atenção básica
Autor(es): Pereira, Shirley Lopes
Orientador(es): Guilhem, Dirce Bellezi
Coorientador(es): Kellett, Peter
Assunto: Masculinidade
Políticas públicas - saúde
Atenção primária à saúde
Homens - saúde
Data de apresentação: 4-Jul-2018
Data de publicação: 5-Mar-2020
Referência: PEREIRA, Shirley Lopes. A invisibilidade da saúde do homem na atenção básica. 2018. 42 f., il. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Enfermagem)—Universidade de Brasília, Brasília, 2018.
Resumo: INTRODUÇÃO: O estereótipo masculino, com valores e crenças que está cristalizado na cultura sobre o que é ser homem, conhecido como masculinidade, encontra-se atualmente em transformação. Ainda assim, continua a influenciar de forma decisiva o posicionamento dos homens e das próprias mulheres, o que contribui para evitar o contato com os espaços de saúde, orgulhando-se do ideal masculino de seres invulneráveis. As masculinidades exercidas entre os homens exigem reprodução contínua do modelo entre seus iguais e deve ser retificadas por eles continuamente. Esses sentidos culturais revestem a masculinidade hegemônica de um caráter deletério. Para o enfrentamento das necessidades de atenção à saúde masculina, o Ministério da Saúde lançou no ano de 2009 a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem (PNAISH) e está alinhada com a Política Nacional de Atenção Básica, a porta de entrada do SUS, privilegiando a Estratégia de Saúde da Família. Deve ter perspectiva relacional, uma vez que envolve as dinâmicas de casal/família e demanda articulação direta com as políticas outras políticas na atenção básica. Porém, após período entre a implantação da política e a avaliação das ações iniciais, no qual pode-se observar alguns fatores de adesão dos serviços à nova política, porém com a persistência de lacunas. Têm-se a necessidade de ampliar as reflexões sobre a importância da saúde do homem e suas relações com conceitos de gênero, sexo e saúde ainda na academia desencadeando um processo de compreensão dos mecanismos que essa relações realizam, para colocar em prática uma a atenção a saúde do homem, de forma integral. OBJETIVO: Compreender os fatores que orientam o comportamento dos homens, as estratégias adotadas pelos serviços e profissionais de saúde à luz da plasticidade da questão de gênero, da concepção dos gestores e dos mecanismos utilizados pelos serviços de saúde para colocar em prática a atenção da saúde do homem. METODOLOGIA: revisão integrativa da literatura, de fontes secundárias nas bases de dados: Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), Medical Literature Analysis and Retrieval System online (Medline), Scientific Electronic Library Online (SciELO); Base de Dados Nacionais da Enfermagem (BDENF) no qual foram coletadas e analisadas no período de janeiro a abril de 2017. Foram excluídos artigos que tivessem temática envolvendo medicalização, sexualidade, doenças específicas e grupos etários específicos. Os artigos selecionados passaram por análise detalhada e foram catalogados a partir do preenchimento de formulário contendo roteiro para extração de dados de interesse a fim de identificar os resultados que respondessem ao objetivo do estudo. RESULTADOS: Os dados são da mesma população, vista de diferentes perspectivas. Foram selecionados 21 artigos para escrever essa revisão, no qual essas perspectivas demonstraram um ciclo vicioso que fazem parte homem/sociedade, profissionais e serviços. CONCLUSÕES: Ampliou-se perspectivas e permitiu-se evidenciar que a falta de demanda masculina nos serviços de saúde não é ocasionada apenas por parte do usuário. Dessa equação fazem parte, também, outros atores como profissionais e gestores, e aspectos institucionais. Persiste, ainda, visão reducionista sobre os significados de saúde e do ser homem, podendo comprometer a assistência integral a esse público. A ausência de compreensão sobre as particularidades que envolvem o processo de socialização dos homens dificulta o reconhecimento de suas barreiras pessoais e sociais relativas ao cuidado e se reflete em uma assistência superficial.
Abstract: INTRODUCTION: The masculine stereotype, with values and beliefs that is crystallized in the culture about what it is to be a man, known as masculinity, is currently in transformation. Nevertheless, it continues to influence in a decisive way or positioning of men and women, which contributes to avoid contact with health spaces, taking pride in the masculine ideal of invulnerable beings. As the masculinities exercised among men require the continuous reproduction of the model in their equals and duly rectified by them continually. These cultural senses carry a hegemonic masculinity of a deleterious character. The Ministry of Health launched in 2009 the National Policy for Integral Attention to Human Health (PNAISH) and is now with a National Primary Care Policy, a gateway to the SUS, Privileging the Family Health Strategy. It should have relational perspective since it involves as couple / family dynamics and demands direct articulation with other policies as policies in primary care. However, after a policy implementation and an evaluation of the actions, there are no conditions to adapt to the problems of joining the services to the new policy, but with a persistence of gaps. It is necessary to expand as reflections on the importance of human health and its relations with concepts of gender, sex and health still in the academy, triggering a process of understanding the mechanisms that this relationship accomplishes, to put into practice an attention to the health of man, in a complete perspective. OBJECTIVE: To understand the factors that guide the behavior of men, the strategies adopted by health services and professionals in the light of the plasticity of the gender issue, the conception of managers and the mechanisms used by the health services to implement health care of man. METHODOLOGY: integrative literature review, from secondary sources in the databases: Latin American and Caribbean Literature in Health Sciences (LILACS), Analysis and Recovery System of Online Medical Literature (Medline), Scientific Electronic Library Online (SciELO); National Database of Nursing (BDENF), which they were collected and analyzed in the period from January to April 2017. Articles that had themes involving medicalization, sexuality, specifics and groups and others specific were excluded. The selected articles underwent detailed analysis and were cataloged from the completion of a form containing a roadmap for extracting data of interest in order to identify the results that respond to the objective of the study. RESULTS: The data are from the same population, seen from different perspectives. Were selected 21 articles to write the review. Showing that these perspectives demonstrated a vicious cycle that are part of man/society, professionals and services. CONCLUSION: It broadened perspectives and made it possible to show that the lack of male demand in health services is not only caused by the user. This equation also includes other actors such as professionals and managers, and institutional aspects. There is still a reductionist view of the meanings of health and of being a man, which could compromise the integral assistance of this public. The lack of understanding about the particularities involved in the process of socialization of men makes it difficult to recognize their personal and social barriers to care and is reflected in a superficial care.
Informações adicionais: Trabalho de Conclusão de Curso (graduação)—Universidade de Brasília, Faculdade de Ciências da Saúde, Departamento de Enfermagem, 2018.
Aparece na Coleção:Enfermagem - Campus Darcy Ribeiro



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