| Resumo: | Nos casos notificados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) até o ano de 2016 e no Sistema de Informação Sobre Mortalidade (SIM) de 2000 até 2015 verifica-se tendência de queda de detecção no número de infectados por HIV, exceto para a faixa etária de 15 a 19 anos. Esse estudo é uma revisão integrativa realizada com publicações que abordam as dificuldades na prevenção do HIV/AIDS em adolescentes no Brasil. O objetivo do estudo foi conhecer por meio da análise de publicações científicas os aspectos que possam estar associados à prevenção da AIDS em adolescentes no Brasil no período que compreende os anos de 2012 a 2016. O método de revisão possibilitou a inclusão simultânea dos aspectos e a análise para atender mais plenamente a esse fenômeno de preocupação. Foram selecionados 13 artigos após as cinco etapas estruturantes dessa revisão. Na literatura revisada foram identificados um total de dezoito aspectos que os autores apontam como dificuldades enfrentadas durante a prevenção do HIV/AIDS para os adolescentes. Os aspectos são: educação, conhecimento, preservativo, prevenção, vulnerabilidade, autonomia, investimento, início precoce da vida sexual, determinantes sociais, acesso ao SUS, questões socioeconômicas, integralidade, violência doméstica, álcool e drogas, cultura e gênero, nível de escolaridade, exploração sexual e diálogo. A educação foi abordada em 11 artigos (84,6%) o que representa quase totalidade da literatura da revisão, enquanto a exploração sexual continua sendo um aspecto pouco discutido aparecendo em apenas um único artigo, o que significa 7,6% da literatura revisada. A prevenção é um aspecto pouco discutido na literatura, a palavra prevenção é apenas colocada em seu sentido estrito. Esse estudo tenta trazer uma pequena contribuição para a temática e sugere a necessidade de (re)pensar o modelo de prevenção para HIV/AIDS em adolescentes. Pensar a prevenção do HIV/AIDS para adolescentes no Brasil também significa identificar quais aspectos dificultam essa prática. A promoção e prevenção da saúde a esse grupo é uma tarefa ampla e complexa que exige uma articulação do setor saúde com os demais setores da sociedade. |
