Resumo: | INTRODUÇÃO: A graduação em Saúde Coletiva ministrada no campus Darcy Ribeiro/Plano Piloto da Universidade de Brasília (UnB) foi implementada recentemente no ano de 2010 no Departamento de Saúde Coletiva (DSC) da Faculdade de Ciências da Saúde (FS). Os primeiros graduados formados por essa instituição, titulados Sanitaristas, iniciaram sua jornada dentro do mercado de saúde, a partir do ano de 2014. Esse profissional foi formado para o intuito de atender às demandas de gerenciamento do Sistema Único de Saúde (SUS), contribuindo, assim, para a real efetivação do sistema público de saúde. A nível nacional, as primeiras turmas só foram formadas em 2012 e por se tratar de uma nova categoria profissional na área da saúde, há pouco material científico que evidencie a real inserção deste profissional no mercado de trabalho, em especial dos alunos egressos do Campus Darcy Ribeiro. Por ser uma nova profissão, não existe muita informação sobre a inserção desses no mercado de trabalho, e há preocupação a respeito do futuro. Nesse intuito, existe a oportunidade de realizar um estudo que responda às seguintes questões: Onde estão seus egressos formados dos anos de 2014 a 2018? Onde estão atuando? Quais barreiras encontraram para entrada no mercado? Formações complementares foram necessárias? OBJETIVO: descrever o perfil dos egressos desse curso e compreender o processo de inserção do sanitarista no mercado de saúde, a partir do relato dos egressos. MÉTODO: trata-se de uma pesquisa qualitativa com survey, com questionário aplicado aos egressos de Saúde Coletiva formados entre os anos de 2014 a 2018. A amostragem foi por conveniência para validação do instrumento e para participação do estudo. O questionário que contou com 18 perguntas foi elaborado na ferramenta Google Forms e disponibilizado online. Os resultados foram consolidados utilizando Office Microsoft 2013. Foram analisados o perfil do egresso e identificado as principais considerações após a saída da universidade a fim de compreender a inserção no mercado. Por envolver dados primários envolvendo seres humanos foi submetida à aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa da Faculdade de Ciências da Saúde (CEP/FS) da Universidade de Brasília. Foram suprimidos a identificação do egresso, preservando as informações pessoais. RESULTADOS: 40 egressos participaram na verificação da relevância do instrumento, que foi possível a incorporação de recomendações e do estudo. A maior participação dos egressos é do sexo feminino, adultos jovens (20 a 29 anos), e das turmas entre 2016 e 2017. Obtivemos 55% dos entrevistados atuando no mercado e na sua área de atuação, por indicação, principalmente no âmbito nacional. 72% têm a ideia de que há pouca oferta de oferta de
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trabalho para a área. 60% dos egressos relataram, ainda, que há pouco reconhecimento da profissão pelos demais profissionais de saúde. CONCLUSÃO: a amostragem do estudo é pequena (n=12%), mas alguns resultados são importantes a serem destacados, os alunos de saúde coletiva tem conquistado um espaço ainda pequeno junto ao SUS e que ainda existem barreiras quanto o conhecimento do papel do sanitarista por outros profissionais, número de oportunidades a essa categoria. Ainda existe a necessidade de verificar esse cenário real com maior participação dos alunos. |