Resumo: | No ensino de química, são recorrentes relatos de estudantes que tem aversão a disciplina química, rejeitando-a. Essa problemática, em parte, pode ser correlacionada a um emprego demasiado de metodologias tradicionais. Assim, com o objetivo de modificar essa realidade muitos professores e pesquisadores vêm buscando alternativas didáticas, como por exemplo, através do uso de recursos lúdicos como música, teatro e jogos. Contudo, é preciso ser cuidadoso ao se utilizar tais atividades para que não se tornem apenas diversão, mas cumpram seu papel em auxiliar o estudante em seu aprendizado. Um ponto constantemente abordado por autores que em seus trabalhos utilizaram de recursos lúdicos é o fato deles promoverem a motivação dos alunos, porém não trazem dados que mensurem tal afirmação, além de não explicitarem o que entendem por motivação, pois motivar para atrair a atenção do estudante é diferente de motivá-lo para aprender. Desse modo, com o objetivo de contribuir nessa lacuna, este trabalho teve como norteador dois objetivos: (1) A partir da teoria motivacional da autodeterminação, elaborar um questionário para mensurar as Necessidades Psicológicas Básicas (NPB) de estudantes envolvidos em uma atividade. (2) Mensurar a percepção das NPB em estudantes que participaram da elaboração de paródias químicas. O questionário elaborado foi composto por 15 questões de 5 pontos na escala Likert divididas igualmente entre os fatores competência, pertença e autonomia. A consistência interna, calculada a partir do alfa de Cronbach, para cada constructo foi superior a 0,7 indicando a confiabilidade do instrumento proposto. Além disso, o desenvolvimento da atividade em questão gerou valores paras as NPB superiores a 3 indicando a nutrição da autonomia, competência e pertença. Desse modo, pode-se concluir que o questionário desenvolvido é adequado e que a atividade realizada proporciona uma percepção de nutrição nas NPB. |