Título: | O imaginário feminino indígena no cinema brasileiro |
Autor(es): | Pereira, Sthefane Felipa da Costa |
Orientador(es): | Montoro, Tânia Siqueira |
Assunto: | Cinema brasileiro Mulheres no cinema Mulheres indígenas |
Data de apresentação: | 2016 |
Data de publicação: | 12-Abr-2017 |
Referência: | PEREIRA, Sthefane Felipa da Costa. O imaginário feminino indígena no cinema brasileiro. 2016. 117 f., il. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Comunicação Social)—Universidade de Brasília, Brasília, 2016. |
Resumo: | O Brasil é repleto de diversas etnias e culturas que agregam valor histórico à
construção social do país. No cinema brasileiro, essa diversidade ainda é
pouco representada no meio audiovisual, onde as minorias são muitas vezes
representadas por estereótipos e que lhes retiram qualquer tipo de
protagonismos, fomentando imaginários sociais homogêneos. A cultura
patriarcal presente no pensamento ocidental, contribui para a inferiorização
feminina, colocando a mulher como, hierarquicamente, inferior ao masculino, e
por isso coadjuvante de sua própria vida. A proposta deste trabalho é analisar o
universo feminino indígena, a fim de investigar como a cultura feminina
indígena é representada no cinema brasileiro. Desse modo, buscou-se
contrastar as produções audiovisuais brasileiras de ficção com temática
indígena que foram feitas ao longo de 105 anos, período em que foram
encontrados 95 filmes longas-metragens, ou seja, menos de um filme por ano.
Foram selecionadas, desse universo, para análise desta pesquisa as seguintes
obras: “Como era gostoso o meu francês” (1971), de Nelson Pereira dos
Santos; “Iracema - Uma transa amazônica” (1974), de Jorge Bodanzky e
Orlando Senna; e “Caramuru - A invenção do Brasil” (2001) de Guel Arraes.
Nas três obras foram analisadas a linguagem cinematográfica proposta e a
representação dada às mulheres indígenas. A partir de uma análise fílmica,
identificou-se uma representação conforme o discurso imposto pelos
estereótipos, sem muitas mudanças na narrativa feminina. Apesar de olhares
diferentes sobre as mulheres indígenas, a representação cinematográfica se
iguala no imaginário social do domínio masculino inscrevendo o universo
feminino no corpo servil, sexualizado e primitivo. |
Abstract: | Brazil has many diverse ethnic groups and cultures that add historical value to
the social structure of the country. In Brazilian cinema, this diversity is still
poorly represented in the audiovisual media, where minorities are often
represented by stereotypes, not allowing them to properly represented, creating
an illusion of false equality. The patriarchal mindset present in the western
culture contributes to female inferiority, placing women as hierarchically inferior
to the male gender, and putting their own lives in second place. The purpose of
this study is to analyze the Brazilian indigenous feminine society in order to
investigate how it is represented in Brazilian cinema. A research of the Brazilian
audiovisual productions of fiction with Brazilian indigenous themes that were in
the last 105 years, found 95 feature films, which is less than one film per year.
The following movies were selected to analyze the proposed cinematography
language and representation given to Brazilian indigenous women: "Como era
gostoso meu francês" (1971) by Nelson Pereira dos Santos, "Iracema - Uma
transa amazônica" (1974) by Jorge Bodanzky and Orlando Senna, and
"Caramuru - A invenção do Brasil” (2001) by Guel Arraes. An analysis of these
films revealed that the female stereotypes narrative has not changed. Despite
different views on Brazilian indigenous women, the cinematographic
representation is equals to the social imaginary of the male domain by
inscribing the female universe into the slavish, sexualized and primitive body. |
Informações adicionais: | Trabalho de conclusão de curso (graduação)—Universidade de Brasília, Faculdade de Comunicação, Departamento de Audiovisuais e Publicidade, 2016. |
Aparece na Coleção: | Comunicação - Audiovisual
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