Estabilidade de ciclofosfamida e suas preparações parenterais : uma revisão

Abstract

A ciclofosfamida pertence à classe dos agentes alquilantes e é amplamente utilizada em doenças autoimunes e em muitas formas de câncer, como o câncer de mama. Entre as doenças autoimunes, a maior aplicação de ciclofosfamida é no lúpus eritematoso sistêmico e na artrite reumatoide. O objetivo deste trabalho é fazer uma revisão bibliográfica da estabilidade das preparações parenterais da ciclofosfamida devido a sua indicação em diversas doenças reumatológicas incluindo o lúpus eritrematoso sistêmico, Síndrome Fosfolipídica, Dermatomiosite dentre outros doenças. A busca foi feita nas bases de dados Medline/Pubmed, Web of Science e SciElo com as palavras chaves (stability[Title]) AND cyclophosphamide[Title] e na base SciElo foram “estabilidade [Todos os índices] and ciclofosfamida [Todos os índices]” e stability [Todos os índices] and cyclophosphamide [Todos os índices]. Os resultados mostraram que diversos fatores podem interferir na estabilidade da ciclofosfamida diminuindo a biodisponibilidade deste fármaco. Os fatores que podem interferir na concentração sérica da ciclofosfamida incluem processo de fabricação do pó, escolha do excipiente, temperatura, diluente, pH do meio de preparo, umidade, ação da luz e recipiente no qual é realizado o armazenamento do produto antes ou após o preparo para o uso. A parte não-ionizada da ciclofosfamida é a porção farmacologicamente ativa que exerce ação farmacológica. Dentre os aspectos que devem ser observados na manipulação inclui a temperatura. A bolsa manipulada deve ser armazenada a 4 °C e ao abrigo da luz, a estabilidade da preparação pode ser de até 7 dias.