Variabilidade da frequência cardíaca de amputados transfemorais ativos antes e após teste de esforço físico máximo

Abstract

Introdução: Amputações traumáticas provocam alterações cardiovasculares, musculoesqueléticas e funcionais. Indivíduos com a seguinte amputação estão sujeitos a um aumento na morbidade e mortalidade por doenças cardiovasculares quando comparados a população geral, nesse sentido, a avaliação cardiovascular realizada por meio da Variabilidade da Frequência Cardíaca (VFC) no exercício físico agudo repercute nos efeitos metabólicos e cardiovasculares desse amputado, permitindo uma análise adicional e não-invasiva do sistema nervoso autônomo sobre o miocárdio durante esse comportamento. Objetivos: Verificar se existe alterações na variabilidade da frequência cardíaca de amputados transfemorais ativos antes e após a realização de teste de esforço físico máximo em bicicleta ergométrica. Métodos: Foram estudados 6 voluntários do sexo masculino com amputação transfemoral unilateral, fisicamente ativos, com idade entre 20 e 45 anos. A coleta da VFC foi realizada 5 minutos antes do teste em bicicleta ergométrica, em supino, na posição de repouso, e 5 minutos após o teste na mesma posição. Foi iniciado o teste utilizando-se o protocolo de rampa. Foram selecionados os índices de análise no domínio do tempo RMSSD, PNN50, MEAN RR, SDT RR, MEAN HR e SDT HR e no domínio da frequência BF, AF e BF/AF. As diferenças foram consideradas significativas com valores de p≤ 0,05. Resultados: Não foram encontradas diferenças significativas nos índices BF, AF, BF/AF e SDT HR e foram encontradas diferenças significativas nos índices RMSSD, PNN50, MEAN RR, SDT RR e MEAN HR representando assim diminuição da atividade parassimpática. Conclusão: O presente estudo representou tanto um fator de inserção de exercícios físicos de forma regular na reabilitação de amputados transfemorais, como também um elemento importante para a estratificação de risco e prevalência de algumas doenças cardíacas.