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Título: Desenvolvimento e caracterização de nanopartículas de quitosana para liberação prolongada de cetoconazol na mucosa vaginal
Autor(es): Pereira, Maíra Nunes
Orientador(es): Gelfuso, Guilherme Martins
Coorientador(es): Matos, Breno Noronha
Assunto: Candidíase
Candida albicans
Quitosana
Nanopartículas
Candidíase vulvovaginal (CVV)
Data de apresentação: 2016
Data de publicação: 15-Jul-2016
Referência: PEREIRA, Maíra Nunes. Desenvolvimento e caracterização de nanopartículas de quitosana para liberação prolongada de cetoconazol na mucosa vaginal. 2016. x, 71 f., il. Trabalho de conclusão de curso (Bacharelado em Farmácia)—Universidade de Brasília, Brasília, 2016.
Resumo: A candidíase vulvovaginal (CVV) é uma infecção fúngica da vulva e da vagina, causada por várias espécies de Candida spp.; sendo que entre 80% e 90% dos casos reportados de CVV são causadas pela espécie Candida albicans. Levando-se em consideração que a terapia tópica traz inúmeras vantagens para o tratamento se comparado com à terapia oral, como redução de custos, de toxicidade e de efeitos adversos, e que os produtos tópicos existentes não favorecem a permanência de agentes antifúngicos no local por tempo suficiente para que eles atuem, este estudo teve como objetivo desenvolver e caracterizar uma formulação tópica baseada em nanopartículas de quitosana (NP-QS) contendo o cetoconazol (CET), na tentativa de melhorar o tratamento tópico de CVV. Um método analítico para a determinação de CET extraído de mucosa utilizando cromatografia líquida de alta eficiência foi inicialmente padronizado e validado, seguindo as orientações de agências reguladoras nacional e internacional. As NP-CET foram preparados seguindo-se a técnica de geleificação ionotrópica e foram caracterizadas avaliando-se seu diâmetro hidrodinâmico, índice de polidispersão (IPD) e potencial zeta. As NP-CET apresentaram diâmetro de 351,5 ± 32,88, IPD = 0,493 ± 0,060 e potencial zeta positivo (+ 34,6 ± 3,9). A eficiência de encapsulação do fármaco (EE%) foi então calculada como sendo 77,8 ± 6,1 quando uma relação polímero/fármaco igual a 5:1 (p/p) foi usada no preparo. No que se refere à morfologia, as NP-CET apresentaram-se esféricas com distribuição de tamanho monodispersa. A capacidade mucoadesiva mostrada pelas NP-CET frente as dispersões de mucina deve garantir a permanência delas em contato com a mucosa vaginal por longos períodos após a aplicação. Os estudos in vitro de liberação do CET a partir das NP-CET em membranas de acetato de celulose mostraram que o sistema é capaz de controlar a liberação do fármaco durante pelo menos 12 h. A atividade antifúngica da formulação contendo NP-CET foi avaliada in vitro em comparação com a formulação de fármaco livre e NP-QS. Após 24 h de incubação das cepas de Candida albicans com as formulações, observou-se que as NP-CET apresentaram uma concentração inibitória minima (CIM90) de 0,58 μg/mL, valor superior ao do fármaco livre (0,07 μg/mL), mas condizente com o fato de as NP-QS sustentarem a liberação do CET por mais de 24 h. Finalmente, estudos de permeação ex vivo realizados em células de difusão verticais montadas com mucosa de suínos revelaram que as NP-CET foram capazes de promover a retenção de 8,4 ± 2,2 μg/cm2 do fármaco na mucosa após 2 horas de experimento. Tendo por base que 0,58 μg/mL de CET é capaz de eliminar 90% da carga fúngica, a quantidade de CET que penetrou a mucosa deve ser mais que suficiente para controlar o crescimento fúngico no local. Segue-se, portanto, que as NP-CET devem apresentar-se como uma alternativa promissora para o tratamento tópico de CVV.
Abstract: Vulvovaginal candidiasis (VVC) is a fungal infection of the vulva and vagina, caused by various species of Candida spp.; in which between 80% and 90% of VVC reported cases are caused by the species Candida albicans. Taking into consideration that the topical therapy brings numerous advantages to the treatment, with regards to reduction of cost, toxicity and adverse effects, and that existing topical products do not favor the persistence of antifungal agents in place long enough so that they perform its action, this study aimed to develop and characterize a topical formulation based on chitosan nanoparticles (CSNP) entrapping ketoconazole (KET) in an attempt to improve the topical treatment of VVC. An analytical method for determination of KET extracted from mucosa using highperformance liquid chromatography was initially standardized and validated following guidelines of national and international regulatory agencies. KET-NP were prepared following the ionotropic gelation technique, and were characterized by assessing their hydrodynamic diameter, polydispersity index (PDI) and zeta potential. KET-NP developed showed diameter of 351,5 ± 32,88, PDI = 0,493 ± 0,060 and positive zeta potential (+34,6 ± 3,9). The drug entrappment efficiency (%EE) was then calculated to be 77.78 ± 6.09 when a polymer/drug ratio of 5:1 (w/w) was used. Regarding morphology, all nanoparticles presented spherical shape and their size distribution appeared to be monodisperse. The mucoadhesive capacity shown by KET-NP in front of mucin dispersions should ensure the permanence of these in contact to the vaginal mucosa for extended periods after application. In vitro release studies of KET from KET-NP using cellulose acetate membranes showed that the system is capable of controlling the release of the drug for at least 12 h. The antifungal activity of the formulation containing KET-NP was evaluated in vitro compared to the free drug formulation and the CS-NP. After 24 h of Candida albicans strain incubation with the formulations, it was observed that the KETNP had minimum inhibitory concentration (MIC90) 0.58 μg/mL, value higher than the free drug (0.07 μg/mL) but consistent with the fact that the KET-NP sustain KET release over 24 h. Finally, ex vivo permeation experiments performed in vertical diffusion cells mounted with porcine mucosa revealed that the KET-NP were able to retain 8.4 ± 2.2 μg/cm2 of the drug in the mucosa after 2 hours of experiment. Taking into account the MIC 90 value found for the drug, the amount of KET that penetrates the mucosa should be sufficient to control fungal growth on site. It follows; therefore, that the KET-NP developed with the chitosan polymer must be presented as a viable alternative for the topical treatment of VVC.
Informações adicionais: Trabalho de conclusão de curso (graduação)—Universidade de Brasília, Faculdade de Ciências da Saúde, Curso de Farmácia, 2016.
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