Resumo: | Esta pesquisa procura conhecer a relação entre o repertório das aulas de música e as preferências dos alunos sob a ótica do professor. O problema desta pesquisa é saber se e de que maneira as preferências musicais dos alunos influencia professores formados em música e que ministram aulas em escolas do ensino regular. A metodologia utilizada foi um estudo de caso com um professor licenciado em música que atua nos anos finais do Ensino Fundamental da rede de ensino da rede pública da cidade de Anápolis. Discutiu-se a formação do professor e sua atuação em sala de aula, focado em uma perspectiva contemporânea, observando os meios didáticos utilizados pelo mesmo, se contemplam ou não essas preferências de acordo com que os alunos trazem na sua bagagem, ou seja, de que modo o conhecimento musical dos alunos por mais superficial que seja, pode ser aproveitado nas aulas de música partindo tanto da experiência do professor enquanto licenciado como dos alunos e seus modos de entender a música e assim, quando e se essas preferências podem ser disponibilizadas em seus planos de aula. Os principais teóricos que auxiliaram essa reflexão foram Swanwick (1993, 2003), Jussamara Souza (2000), além das pesquisas relacionadas ao uso das mídias e cultura midiática em sala de aula (SILVA, 2014; SOUZA, 2000c) e pesquisas anteriores sobre as preferências musicais de alunos do ensino fundamental (SANTOS, 2007; SILVA; CARVALHO; AREND, 2008; TOURINHO, 1996; ZAPONI, 2012). Concluiu-se que o uso das músicas que fazem parte do cotidiano dos alunos pode servir de aliadas para que o educador conheça a ótica dos mesmos em relação ao seu entendimento sobre como veem a arte e de como sua própria perspectiva como professor formado podem se juntar para que sejam apresentados aos estudantes outros horizontes, ou seja, o professor precisa adentrar no universo musical de preferências do aluno e tentar entender como eles aprendem, o que eles já sabem, o que eles pensam sobre a aula de música, para a partir daí conseguir esse alcance através de atividades pedagógicas relacionadas a essas internalizações . Não contemplar essa vivência do estudante, na maior parte das vezes, cria uma antipatia com as aulas de música e repertório utilizado, que depois podem virar entraves para o próprio desenvolvimento dessa área de estudo. |
Informações adicionais: | Monografia (graduação)—Universidade de Brasília, Decanato de Ensino de Graduação, Universidade Aberta do Brasil, Instituto de Artes, Departamento de Música, Curso de Licenciatura em Música a Distância, 2015. |