Resumo: | INTRODUÇÃO: A identificação de deficiências de força, trabalho e potência muscular utilizando testes clínicos entre idosos com alto risco de quedas e fraturas permanece um desafio. OBJETIVOS: Verificar a relação e a concordância entre três ferramentas de avaliação de desempenho muscular em idosas comunitárias com baixa densidade óssea. MÉTODOS: Estudo observacional transversal analítico, composto por 118 (70,49 ± 6,18 anos) participantes. Avaliou-se o desempenho muscular por meio do dinamômetro isocinético e dos testes de levantar e sentar 5 vezes (TLS) e de força de preensão palmar (FPP). Utilizou-se os testes de correlação de Pearson e de concordância de Kappa. RESULTADOS: Observou-se correlação baixa positiva entre as variáveis do dinamômetro isocinético e a FPP, correlação baixa negativa do desempenho no TLS com as variáveis de pico de torque de flexores de joelho (r=-0,496), trabalho muscular de extensores (r=-0,473) e de flexores (r=-0,496) de joelho, e correlação moderada negativa do desempenho no TLS com as variáveis pico de torque (r=-0,501) e potência de extensores de joelho (r=-0,540) e potência de flexores de joelho (r=-0,558). Verificou-se concordância moderada entre a classificação do desempenho no TLS com a redução da potência de extensores (K=0,468) e flexores (K=0,428) de joelho, e concordância fraca com pico de torque e trabalho de flexores (K=0,305) e extensores (K=0,182) de joelho. A classificação da FPP apresentou concordância fraca com todas as avaliações do dinamômetro isocinético. Observou-se ausência de concordância e correlação baixa negativa entre a FPP e o desempenho no TLS (r=-0,275). CONCLUSÃO: Verificou-se associação e concordância do desempenho muscular isocinético de flexores e extensores de joelho particularmente com as medidas do teste de levantar e sentar cinco vezes. A medida da força de preensão palmar apresentou fraca relação e concordância com as medidas isocinéticas e não apresentou associação com o desempenho no teste de levantar e sentar. ________________________________________________________________________ ABSTRACT INTRODUCTION: the identification of strength, work and power muscle impairments among older adults with high risk of falls and fractures remains a challenge. OBJECTIVE: To investigate the relationship and the agreement between three muscle performance assessment tools among low bone density community-dwelling elderly women. METHODS: A cross-sectional observational study composed of 118 (70.49 ± 6.18 years) participants. The muscular performance was evaluated by isokinetic dynamometer, by sit-to-stand test (STS) and by handgrip (HG). We used the Pearson correlation and Kappa agreement tests was used. RESULTS: We observed: low positive correlation between isokinetic dynamometer variables and HG; low negative correlation between STS performance and knee flexors peak torque (r = -0.496), extensors (r = -0.473) and flexors (r = -0.496) muscle work; and moderate negative correlation between STS performance and knee extensors peak torque (r = -0.501) and power (r = -0.540) and knee flexors power (r = - 0.558). There was moderate agreement between the classification performance in STS with reduced knee extensors (K = 0.468) and flexors (K=0.428) power, and poor agreement with knee flexors (K = 0.305) and extensors (K = 0.182) peak torque. The classification of the HG showed poor agreement with all isokinetic dynamometer assessments. There was no agreement and there was low negative correlation between HG and STS performance (r = -0.275). CONCLUSION: There was an association and agreement of the knee flexors and extensors isokinetic muscle performance particularly with the STS test measures. The measurement of HG showed a weak relationship and agreement with isokinetic measures and was not associated with the STS performance. |