Resumo: | A cachaça é um dos produtos nacionais mais valorizados mundialmente, com uma produção anual de 800 milhões de litros. O processo de produção, em si, pouco evoluiu desde o período colonial, no qual as cachaças mais valorizadas continuam sendo as destiladas em alambique de cobre. O cobre liberado pela oxidação natural do alambique é nocivo ao organismo e, por essa razão, atualmente existem legislações que limitam a quantidade de Cu2+ a ser encontrada em destilados (5 mg.L-1). A maior parte dos produtos artesanais não se adéqua à legislação, o que impede que sejam legalmente comercializados. Seguindo esse escopo, o presente trabalho teve como objetivo, primeiramente, realizar um estudo da viabilidade técnico-econômica dos processos de remoção de Cu2+ de cachaça artesanal visando adequação à legislação vigente. Após o estudo, o melhor processo em termos de eficiência na capacidade de remoção dos íons de cobre foi aplicado em escala de bancada. Para isto, uma amostra de cachaça artesanal foi caracterizada e o processo de remoção de íons de cobre por resina de troca iônica foi utilizado para adequar esta à legislação vigente. Assim, o pequeno produtor, poderá, por meio dos dados obtidos em “scale-up”, implementar uma nova etapa de processo, garantindo a qualidade de seu produto. Por meio dos dados obtidos foi possível concluir que o processo é viável, chegando a remover 8,011 mg de cobre.g-1 de resina até o ponto de ruptura de 5 mg.L-1 de cobre. O valor de venda final da cachaça após processo de troca iônica, aumentou somente 3% em relação ao seu valor de venda inicial. |