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Título: “Escravizados livres” : crítica ao discurso jurídico sobre a história do direito do trabalho a partir da representação historiográfica do trabalho escravo
Autor(es): Silva, Vanessa Rodrigues
Orientador(es): Duarte, Evandro Charles Piza
Assunto: Direito do trabalho
Escravos
Trabalho escravo
Racismo
Data de apresentação: Jul-2015
Data de publicação: 14-Set-2015
Referência: SILVA, Vanessa Rodrigues. “Escravizados livres”: crítica ao discurso jurídico sobre a história do direito do trabalho a partir da representação historiográfica do trabalho escravo. 2015. 90 f. Monografia (Bacharelado em Direito)—Universidade de Brasília, Brasília, 2015.
Resumo: O presente trabalho discute alguns aspectos da supressão das lutas pela liberdade travadas por escravos na narrativa sobre a história do Direito do Trabalho do Brasil retratada nos manuais jurídicos de Direito do Trabalho, que identificam a história das lutas trabalhistas com o trabalho livre. A discussão é motivada pelo trabalho de Buck-Morss, que, ao investigar a conexão entre os estudos de Hegel sobre a dialética do senhor e do escravo e a Revolução do Haiti (1791-1805), demonstra, por um lado, a relação de dependência entre a realização da liberdade enquanto princípio universal e as lutas sociais dos escravos de São Domingos, e, por outro lado, o eloquente silêncio construído a este respeito. Desta forma, argumenta-se que o trabalho livre no Brasil – sem o qual não se poderia falar em Direito do Trabalho – dependeu das lutas dos escravos pela liberdade, constituindo-se, assim, em um capítulo da história do Direito do Trabalho. Sustenta-se, ainda, que o silêncio construído a esse respeito implica em limitação da pesquisa em história do Direito do Trabalho. Uma vez que não se reconhece a ação dos escravos na transformação do trabalho, os sujeitos dessa narrativa histórica são identificados apenas após o marco da Abolição, de forma que todo o período marcado por relações escravistas de produção queda-se inacessível, deixando de se perceber inúmeras relações de continuidade.
Abstract: This paper discusses some aspects of the exclusion of struggles for freedom fought by slaves of the narrative about the history of Brazil's Labor Law portrayed in legal manuals of Labor Law, which identify the history of labor struggles with free labor. The discussion is motivated by the work of Buck-Morss that, when investigating the connection between studies of Hegel's dialectic of master and slave and the Haitian Revolution (1791-1805), demonstrates on the one hand, the dependency relationship between the realization of freedom as a universal principle and the social struggles of the Santo Domingo’s slaves and, on the other hand, the silently explanatory constructed in this regard. Thus, it is argued that free labor in Brazil - without which Labor Law would not existed - depended on the struggles of the slaves for freedom, thus constituting a chapter in the history of the Labor Law. It also argues that the silence built in this respect implies the limitation of research in history of labor law. Since it does not recognize the action of the slaves in the transformation of the work, the protagonists of this historical narrative are identified only after marking the Abolition so that entire period marked by slave relations of production remains inaccessible, failing to realize numerous continuity relationships.
Informações adicionais: Monografia (graduação)—Universidade de Brasília, Faculdade de Direito, 2015.
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