Avaliação da capacidade de mascaramento de manchas brancas e da resistência à pigmentação extrínseca das técnicas de microabrasão e infiltração resinosa

Abstract

Objetivos: Este estudo in vitro teve como objetivo avaliar a capacidade de mascaramento de lesões de mancha branca (LMB) e a resistência à pigmentação extrínseca das técnicas de microabrasão e infiltração resinosa. Materiais e métodos: Trinta e seis coroas de incisivos bovinos foram separadas das raízes, embutidas em resina epóxica deixando a superfície de esmalte vestibular exposta. Cada superfície foi dividida em quatro áreas de tratamento: controle hígido (CO); desmineralização (DE); desmineralização/ microabrasão (MA); desmineralização/ infiltração resinosa (IR). Os espécimes foram submersos em solução Buskes, (6 dias, pH = 5,0) para induzir LMB. Para a análise da capacidade de mascaramento das LMB, os espécimes foram fotografados de forma padronizada, e a cor foi mensurada utilizando o sistema CIELAB. Os valores de ΔE foram calculados utilizando CO como referência. Para a análise da resistência pigmentação, os espécimes foram submersos em 3 soluções diferentes, café, vinho e água destilada (0,5 horas/dia, demais 23,05 horas/dia em saliva artificial), submetidos à fotografia padronizada e mensuração de cor usando o sistema de cor CIELAB em dois momentos diferentes: 28 dias e após repolimento. ANOVA e Tukey foram utilizados para a análise colorimétrica. Resultados: A área DE apresentou o maior ΔE (6,1 ± 2,5). Não foi observada diferença significativa entre o ΔE de IR (3,8 ± 1,8) e MA (3,0 ± 1,6). A análise da pigmentação demonstrou que houve mudança de cor após a submersão em café e vinho para áreas DE e MA. Após o repolimento todos os grupos apresentaram redução significativa da diferença de cor. Conclusões: As técnicas de IR e MA têm capacidade semelhante em mascarar LMB. A pigmentação com café e vinho é mais intensa nas áreas desmineralizadas e o repolimento é capaz de reduzir o manchamento extrínseco.