Resumo: | A berinjela (Solanum melongena) e o tomate (Solanum lycopersicum) representam duas importantes solanáceas amplamente cultivadas no Brasil e no mundo. A berinjela destaca-se dentre outros atributos, pela alta rusticidade à patógenos e pragas. Por outro lado, o tomate uma das olerícolas mais conhecidas e consumidas no mundo, apresenta alta suscetibilidade à estes organismos. Dentre as viroses que afetam a cultura, as espécies classificadas no gênero Begomovirus (família Geminiviridae), incluindo Tomato chlorotic mottle virus (ToCMoV), merecem destaque, pois são podem causar grandes perdas de produção. O controle de tais doenças é oneroso e pouco eficiente devido às dificuldades inerentes ao controle do vetor aleirodídeo, popularmente conhecido como mosca branca (Bemisia tabaci). Uma alternativa de controle é o emprego de fontes de resistência de amplo espectro e duráveis ao vírus e/ou ao vetor, que podem ser obtidas em bancos de germoplasma de solanáceas. Neste contexto, o objetivo deste trabalho foi buscar fontes de resistência à mosca branca e ao ToCMoV em berinjela. Um total de 30 acessos de berinjela e o tomate „Santa Clara‟ (controle suscetível ao vírus e ao vetor) foram expostos ao vetor virulífero (ToCMoV) por um período de 21 dias. O delineamento empregado foi de blocos casualizados em três repetições. Após a inoculação, as plantas foram pulverizadas com Imidacloprid e a segunda folha (a partir do ápice de cada planta) foi coletada para avaliação do número de ovos, ninfas e adultos. Em seguida, os acessos foram transplantados e as plantas foram dispostas em delineamento inteiramente casualizado e mantidas em casa de vegetação livre do vetor mosca branca. A avaliação de sintomas foi realizada aos 7, 14, 21, 28, 45, 60 e 120 dias após inoculação (dai). No 35º dia após a inoculação foi conduzido um ensaio de Tissue Blot para detecção viral. Os acessos de berinjela não apresentaram sintomas típicos de infecção viral durante os 120 dias, enquanto as plantas dos controles positivos mostraram sintomas de intensa clorose a partir do 14o dai. Nos ensaios de hibridização, a acumulação viral foi detectada apenas nas plantas de tomate. Quanto ao vetor, todos os acessos foram classificados como suscetíveis. Os resultados obtidos na inoculação via vetor sugerem que o tipo de resistência da berinjela ao ToCMoV seja do tipo não-hospedeira. __________________________________________________________________________ ABSTRACT Eggplant (Solanum melongena) and tomato (Solanum lycopersicum) both represents two
important solanaceae groups vastly harvested in Brazil and worldwide. Eggplant is
highlighted, alongside other attributes, by its rusticity to pathogens and plages. The tomato
(Solanum lycopersicum) is one of the most economically important vegetable crops around
the world. Species belonging to the genera Begomovirus (Family Geminiviridae), including
Tomato chlorotic mottle virus (ToCMoV) are among the most important tomato pathogens,
inducing severe yield and quality losses. The chemical control of such diseases is expensive
and has little efficiency due to the inherent difficulties controlling the whitefly vector,
Bemisia tabaci. An alternative for control of begomoviruses is the use of wide spectrum and
durable resistance sources against the virus and/or the vector, which can be obtained in
Solanaceae germplasm banks. In this context, the main purpose of the present work was to
search for resistance sources to both whitefly and ToCMoV on eggplant. Overall, 30 eggplant
access and the susceptible control (to both virus and vector), tomato „Santa Clara‟, were
exposed to the virus-positive vector (ToCMoV) to an inoculation period of 21 days in
delimitation in randomized blocks in three repetitions. After inoculation, plants were sprayed
with Imidacloprid and the second leaf of each plant was collected for the number of eggs,
nymphs and adults analysis. Then, the access were transplanted and plants were organized in
delimitation integrally randomized and maintained in greenhouse whitefly free. Analyses of
the symptoms were done at 7, 14, 21, 28, 45, 60 and 120 days after inoculation (dai) and on
the 35th day was made Tissue Blot to viral detection. During the 120 days, eggplant access
plants did not show any typical viral infection symptoms, while the tomato control plants
showed chlorosis since the 14 dai. On the hybridization assays, viral accumulation was only
detected on tomatoes plants. Regarding to the whitefly vector, all access seemed susceptible.
Obtained results on inoculation by vector suggests that the eggplant ToCMoV‟s resistance is
„non-host‟ type. |